Você já ouviu falar que vivemos atualmente na “era da informação”?
A expressão que já entrou para o cotidiano de muitos brasileiros e também da humanidade, diz respeito à tecnologia como mediadora das relações humanas.
Ou seja, o papel fundamental das inovações tecnológicas na otimização de processos e mudanças de hábitos e comportamentos.
O open banking é uma dessas revoluções, afinal a tecnologia já faz parte das nossas vidas e com os serviços bancários não poderia ser diferente. Esta novidade foi criada com o objetivo de melhorar os produtos e serviços bancários, além de trazer mais facilidades para os usuários.
Que tal saber o que é e como funciona o open banking? Então, continue lendo o nosso artigo para entender melhor esta novidade!
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O que é open banking?
O open baking se trata de um conjunto de normas e tecnologias que irão permitir o compartilhamento de dados e serviços entre as instituições bancárias por meio da integração entre seus respectivos sistemas.
Na prática, o open banking é uma plataforma que visa integrar os sistemas das instituições bancárias em um único lugar.
Para ter permissão de utilizar os dados dos clientes no novo sistema, as instituições financeiras precisarão da autorização prévia do usuário.
Como funciona este sistema?
A novidade não é uma exclusividade brasileira e representa uma tendência mundial de integração e informatização dos produtos e serviços bancários. Afinal, países como o Reino Unido e a Índia iniciaram seu processo de implementação em 2018.
Traduzindo diretamente do inglês, open banking significa “banco aberto”. A ideia inicial da inovação é que seja aberto um novo leque de opções para o consumidor, o qual terá mais autonomia para manusear as suas informações.
Com o open baking isso é possível, visto que, trata-se da padronização da tecnologia de maneira a facilitar a comunicação entre as plataformas das instituições bancárias, promovendo maior portabilidade de dados.
Todo este processo irá acontecer a partir de uma tecnologia chamada API ou application programming interface.
O que são as API’s do open banking?
O API diz respeito a um sistema computacional criado para integrar os sistemas bancários. Portanto, os API’s são, basicamente, uma parte em comum de diversos programas usados dentro de todos os tipos de empresas.
No caso das API’s fechadas, apenas os membros da empresa podem ter direitos a funcionalidades de um determinado programa.
Já nas abertas, as ferramentas de uma determinada plataforma podem ser usadas por terceiros e até mesmo fazerem parte da criação de novos produtos.
Exemplo de integração via API
Para entender melhor, pense em um suposto site de uma imobiliária. Ao pesquisar apartamentos em uma localidade, o site mostra o endereço de um apartamento em um mapa que, não por acaso, é o Google Maps.
Dessa forma, a integração entre o site da imobiliária e a funcionalidade do Maps foram unidas ou integradas graças ao API do Google.
Apesar do exemplo acima, existem outros inúmeros tipos de API’s. As abertas de rede social, por exemplo, são usadas para a criação de formas rápidas de cadastro.
Um exemplo disso são os sites que utilizam o login de rede social como forma de cadastro. O famoso “entre com a senha e e-mail do Facebook”.
De forma similar, o open banking propõe que todo o mercado financeiro tenha API’s abertas, facilitando a integração de dados entre as plataformas.
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As vantagens do open banking
A inovação não é apenas voltada para as empresas. Afinal, os clientes e usuários das plataformas bancárias também se beneficiam do open banking. Confira, a seguir, as principais vantagens da inovação:
Mais liberdade e autonomia para os clientes
Com este sistema é possível facilitar e automatizar processos como abertura de conta e portabilidade, não havendo a necessidade de deslocamento ou realização de novos cadastros.
Menos custos
As API’s abertas criam sistemas integrados, facilitando o acesso a serviços sem a necessidade de intermediários, fazendo com que os processos se tornem mais baratos e rápidos.
Mais qualidade
Torna o ambiente virtual e o segmento mais competitivo, estimulando a criação de produtos e serviços financeiros de alta qualidade.
O que muda a partir dessa tecnologia?
Com o open banking, as instituições financeiras continuarão autônomas e livres para desenvolverem seus produtos.
Contudo, a integração de dados, e as demais funcionalidades trazidas por esta tecnologia, proporcionam um ambiente fértil para a criação de novos produtos e serviços, promovendo o aumento da competitividade entre os atuais bancos e fintechs.
Ou podem, ainda, complementar os serviços que essas instituições já oferecem aos consumidores.
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Como está funcionando o open banking no Brasil?
Segundo o Banco Central, a implementação do open banking no Brasil foi dividida em quatro etapas, sendo que a primeira aconteceu no dia 1° de janeiro de 2021.
Na ocasião, foram cadastradas as instituições participantes. Além disso, foram abertos os canais de atendimento e informados os produtos e serviços que as empresas pretendem oferecer. Essa primeira fase ainda não envolve o compartilhamento de dados.
Na segunda fase, que começa agora no dia 13 de agosto, será a vez dos clientes compartilharem seus dados pessoais de cadastro, como nome completo, CPF/CNPJ, telefone, endereço e informações relativas aos produtos e serviços bancários utilizados.
Já a terceira fase terá início no final do mês, dia 30 de agosto, momento em que será possível realizar pagamentos fora do internet banking, via Pix. Os clientes terão acesso a serviços como pagamentos e propostas de crédito.
Na quarta fase, que terá início em 15 de dezembro, será possível compartilhar dados de produtos e serviços, além de informações relacionadas a operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência.
Em 2022 serão liberadas gradualmente outras funcionalidades.
Quais instituições brasileiras irão participar?
Aqui no Brasil, apenas instituições financeiras reguladas pelo Banco Central podem aderir a esta funcionalidade. Podem aderir ao sistema open banking as instituições financeiras classificadas como:
- S1 – Instituições que possuem porte igual ou superior a 10% do PIB ou que tenham atividade internacional relevante;
- S2 – Instituições de porte entre 1% e 10% do PIB serão obrigadas a participar do open banking.
Portanto, podem participar: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú, Santander, BNDES, Citibank, Credit Suisse, entre outros.
As demais instituições podem aderir de forma voluntária ao open banking. Portanto, instituições de pagamentos, como Picpay, Mercado Pago e Nubank, poderão escolher se vão participar ou não dessa funcionalidade.
Espera-se que, em breve, todas as instituições financeiras venham a participar do novo sistema, principalmente porque as empresas integrantes podem se beneficiar das informações de forma integrada.
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