A gestão financeira é algo importante para qualquer empresa, no caso daquelas que prestam serviços ela é ainda mais importante. Contudo, não existe receita mágica para o alcance de uma boa gestão.
Isso porque, os cenários podem mudar a qualquer instante e exigir mudanças nos planos. Acontecimentos como crises econômicas e até mesmo a pandemia da Covid-19 fizeram empresários e empreendedores perder o controle dos seus negócios.
Portanto, organizar o financeiro é uma questão fundamental para o crescimento e sobrevivência de qualquer empresa. Assim é possível estar preparado diante das adversidades.
Leia com atenção nosso conteúdo e entenda a importância da gestão financeira para prestadores de serviços. Vamos lá?
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A importância da gestão financeira para prestadores de serviço
O principal objetivo da gestão financeira para prestadores de serviço é realizar planejamento financeiro, análises e controle do capital da empresa de forma a potencializar os ganhos do negócio.
Dessa forma, a gestão financeira contempla desde um simples orçamento a grandes investimentos.
Para realizar todas as suas funções de forma assertiva e eficaz a gestão financeira se utiliza de técnicas e ferramentas de gestão para organização das contas, monitoramento do caixa e elaboração de projeções financeiras.
Com isso, a empresa será capaz de reduzir custos, aumentar os lucros e investir mais e atingir os seus objetivos. Impedindo que o empresário seja orientado apenas por palpites e achismo, mas sim com dados reais e indicadores de desempenho.
Diferenças entre gerir produtos e serviços
Apesar da maioria das pessoas não terem a menor ideia das grandes diferenças entre a gestão de empresas de produtos e de prestação de serviços, a gestão financeira das duas categorias são bem diferentes.
Enquanto quem vende mercadorias pode falar da qualidade dos produtos, o mesmo pode ser tocado, visto e avaliado com mais facilidade. Em contrapartida os serviços partem de uma experiência e precisa da avaliação de terceiros para se tornar menos abstrato.
Outra diferença fundamental entre a comercialização de mercadorias em comparação aos serviços é que depois de adquirida, basta que a mesma seja manuseada ou retirada do estoque após a venda. Algo que pode ser feito sem grandes dificuldades.
Enquanto isso, os serviços são prestados de acordo com a demanda e necessitam de materiais, mão de obra e um determinado tempo para ser executado. Essas características tornam a contabilidade dos custos mais complexa de ser mensurada.
Como organizar a gestão financeira das empresas prestadoras de serviço?
Agora que você já entendeu melhor a natureza das empresas prestadoras de serviços, este é o momento de colocar a mão na massa!
Confira a seguir nossas dicas:
Levante todos os custos
Uma das chaves para uma gestão financeira eficiente é o mapeamento dos custos da sua empresa. De posse desta informação você poderá saber exatamente o quanto precisa para manter o negócio funcionando.
No caso das empresas prestadoras de serviço, recomendamos classificar os custos em três categorias:
- Custos fixo: são os mesmo independente do que aconteça, são exemplos de custos fixos: internet, aluguel do escritório, salário, entre outros;
- Custos variáveis: aumentam e diminuem conforme o volume dos serviços prestados;
- Custo de serviços: são específicos da realização dos serviços, como horas trabalhadas, transporte dos funcionários e materiais utilizados.
Aplique estratégias de redução de custos
Agora que você já sabe todos os custos que sua empresa precisa arcar é hora de traçar estratégias para reduzi-los. A forma como esse custos serão reduzidos irá depender do tipo de negócio e das necessidades do mesmo.
Podem ser aliados da redução de custos, práticas de uso consciente dos recursos disponíveis, evitando desperdícios de água, energia elétrica, automatização de alguns procedimentos e aumento da qualificação da mão de obra.
Faça a precificação correta
Praticar a correta precificação dos serviços é fundamental para que a organização financeira dê certo. Para tanto, você irá levar em consideração os custos fixos, os variáveis e os de serviço. Tente equilibrar os números do seu negócio com os preços praticados pelo mercado.
Veja abaixo quais são os aspectos chave da precificação:
- Custos totais: soma de todos os custos fixos e variáveis;
- Produtividade: tempo que a equipe ou profissional leva para concluir o trabalho;
- Equipe necessária: número de funcionários envolvidos;
- Estrutura: veículos, ferramentas e equipamentos.
Com as informações acima em mãos você irá somar os seguintes elementos para chegar ao custo direto do serviço:
- Mão de obra direta: salários, benefícios e comissões;
- Encargos sociais: obrigações da empresa com trabalhadores (ex: segurança do trabalho);
- Despesas operacionais: despesas com veículos (pneus, combustível, manutenção) e equipamentos (manutenção e ferramentas);
- Materiais de consumo: materiais utilizados no trabalho;
- Investimentos: investimentos como treinamentos ou depreciação dos bens da empresa.
Outra dica interessante para ter certeza de que chegará ao preço correto é contar com o suporte de um contador, assim você terá certeza do valor final da sua prestação de serviços.
Controle de fluxo de caixa
O fluxo de caixa é outro clássico da gestão financeira para prestadores de serviço que não deve ser deixado de lado.
Ao monitorar as entradas e saídas do caixa da sua empresa é possível prever ou antecipar despesas e ganhos. O que promove uma maior previsibilidade e favorecendo um planejamento financeiro mais completo e confiável.
Calcule o capital de giro
Você provavelmente já ouviu falar que o capital de giro funciona como uma reserva do caixa, não é mesmo? E ele funciona realmente desta forma, é o recurso que a empresa tem para arcar com as necessidades entre os períodos de pagamentos e recebimentos.
Para mensurar o seu capital de giro é preciso entender o que são ativos circulantes, assim quais são os são passivos circulantes. Confira abaixo a definição de cada um:
- Ativo circulante: contas a receber, resgates, adiantamentos;
- Passivos circulantes: contas a pagar, folha de pagamento, impostos.
Deste modo, o capital de giro pode ser calculado como:
Capital de giro = ativo circulantes – passivos circulantes
Dessa forma, quanto maior for o prazo de pagamento dos seus clientes maior será o capital de giro para promover as atividades da sua empresa.
Controle de contratos
Outro cuidado importante para a boa gestão financeira para prestadores de serviço é estar atento às informações contratuais. Uma vez que elas estabelecem regras e cláusulas sobre a prestação dos serviços, levando mais segurança jurídica a sua empresa.
Especialistas recomendam que os contratos de prestação de serviços devem ser organizados de maneira a facilitar a localização das informações, prazos, valores, obrigações das partes e cláusulas de rescisão.
Este controle é fundamental para que a empresa compreenda o valor total dos contratos e a demanda que pode ser atendida.
Análise relatórios e demonstrativos contábeis
Não poderiam faltar para uma boa gestão financeira o monitoramento da situação contábil da empresa.
Por isso, analisar o desempenho da empresa com base nas informações de balanço patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício são formas eficazes de saber como anda a gestão contábil da empresa.
Se você deseja melhorar a gestão financeira da sua empresa de prestação de serviços coloque essas dicas em prática, mas não deixe de buscar suporte contábil para sua empresa!
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